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Conheça nossa História

Turvânia esta localizada há 90 quilômetros da Capital Goiânia, encontra-se em um ponto privilegiado na riquíssima região do mato grosso goiano, tendo como confrontantes, os municípios de, Anicuns, São Luís de Montes Belos e Adelândia, ao Norte, Palmeiras de Goiás, ao Sul, Nazário, a Leste, Firminópolis ,ao Oeste.

Possui uma área de 472,3 km2, sendo 6 Km2 de área urbana e 466,3 Km2 de área rural, sua altitude é de 636 metros. Sua população, um total de 5.127 habitantes (Censo 2000), sendo: 3.989 na Zona Urbana (2.027 homens e 1.962 mulheres) e 1.138 habitantes na Zona Rural (604 homens e 534 mulheres).

  • História 

As origens históricas da cidade de Turvânia estão ligadas às antigas “Sesmaria do Rio Claro” que, desde o século XVIII, foram oficializadas na Capitania de Goyaz e seguiram até o tempo da Província.

Havia grandes e difíceis distâncias entre os povoados de São Sebastião do Alemão, Santa Luzia de Mário Melo e Anicuns, razão de muitas dificuldades de locomoção, atendimento à saúde e, principalmente, em caso de falecimento, surgindo, assim, cemitérios perdidos no alto sertão, como foi o Cemitério de “Por enquanto”. É este o berço da admirável Turvânia.

Nesse cemitério eram enterradas pessoas das fazendas e localidades que se perdiam no alto sertão de então. Ganhou nome de “Por Enquanto” porque tudo, no pensar do povo, seria provisório. Para atendimento do povo defunteiro; com broas, roscas, cafés e guloseimas, surgiu uma vendinha em torno do cemitério e logo depois mais algumas casinhas levantadas no adobe. Era esse o berço de “Poções” que levava esse nome em homenagem ao belo rio que corta a região, afluente do Turvo, formador do Paranaíba. Essa é a gênese de Turvânia que surgiu em dias da década de 1930 nos sertões goianos.

Os primeiros documentos encontrados no Arquivo Estadual de Goiás, em Goiânia, sobre a região de Poções são datados de 1923, da “Coletoria de Anicuns” e referem-se à “Fazenda Poções”, cujos proprietários eram Amélia Cordeiro dos Santos, Delfina Cordeiro dos Santos, José Cordeiro dos Santos e Percília Cordeiro dos Santos. Assina o documento o corretor de Anicuns, Manoel Alves de Castro em 30 de maio de 1923, destacando os impostos de 1922. Assim, no mínimo a região com esta denominação  tem 90 anos!

Aparecem, também, os documentos da “Escola Isolada do Fundoso” , em 1946, cuja professora foi Ana Ramos e os “Lançamentos de impostos da freguesia de Poções” em 29 de Janeiro de 1947, feitos por Petrônio Francisco Cabral. Também, a nomeação em 23 de Janeiro de 1947 de Lindolfo Ferreira de Oliveira para o cargo de subdelegado da Freguesia do Poções, nomeado pelo então Prefeito Municipal de Anicuns, Francisco Vieira da Paixão, que governou a cidade de 23 de novembro de 1946 a 30 de abril de 1947.

  • As origens históricas da Cidade de Turvânia

O pequeno povoado de poções surgiu nas proximidades do Rio Poções e nas imediações do antigo cemitério do “Por Enquanto”. Foi construída uma pequena e rústica igreja, que foi dedicada a São Gregório, onde os padres faziam em tempos alternados as suas desobrigas e que ficava num pequeno largo de terra onde havia o armazém de Idelfonso Batista Dias, a residência de Sebastião Vitorino, a loja de tecidos do Arthur Rodrigues Naves, a Farmácia do João Bueno e o armazém de secos e molhados de Antônio de Castro, mais abaixo, já perto do rio, o açougue de Nego Bueno e as olarias de João Galdino e Joaquim de Freitas, assim como a Pensão de José Pereira. Este foi o núcleo urbano inicial de Turvânia.

Esta cidade muito deve à pioneira família Gomes, presenças marcantes desde os seus primórdios. O patriarca dessa ilustre e nobre família, João Gomes Pereira Diniz, veio de Rio Verde das Abóboras ainda nos finais do século XIX onde se casou com Vicência Cândida Arantes, tendo os seguintes filhos: Emília Gomes Pereira Diniz, Natal Gomes Arantes, João Gomes Arantes, Galdino Gomes Arantes, Herculino Gomes Arantes, Joaquim Gomes Arantes e Purcina Gomes Arantes (1915-1980).

Enviuvando-se, João Gomes Pereira Diniz comoveu segundas núpcias com Francisca Bueno de Azevedo em Anicuns, tendo desse segundo matrimônio os seguintes filhos: Cosme Gomes de Azevedo, Martinho Gomes de Azevedo (1908-1988), Odilon  Gomes Pereira, José Anunciação Gomes, Benjamim Gomes Pereira, Isaac Gomes Pereira, Francisco Gomes Pereira.

João Gomes Arantes foi também grande e ilustre cidadão em Poções. Casou-se com Claudina Pereira Leal, natural de Edéia, filha de Manoel Gomes Leal e Rosalina Gomes Diniz. Desse consórcio teve os filhos Manoel Gomes Leal, Conceição Gomes de Siqueira (casada com Jerônimo Vieira de Siqueira e proprietários da bela fazenda “Campo limpo das flores” e Benedita Gomes).

Como toda e qualquer pequena localidade interiorana, a vida política de Poções “pegava fogo”, com brigas e perseguições de toda ordem. Um dos primeiros crimes políticos ocorreu com morte de Manoel Hilário dos Santos, assassinado por questões de poder. Era ele pai de Gilberto Hilário dos Santos (1936-2000), que foi prefeito municipal de Turvânia, anos mais tarde.

Olaria de Benedito Cardoso de Moraes em poções em 1957. Dali saíram os tijolos para a Igreja nova que se construía na cidade que logo seria criada. Este bravo e arrojado pioneiro ainda vive, aos 91 anos de idade na cidade de Trindade.

Desmembrada de Anicuns, Poções passou a ter vida política própria, seguindo-se da administração de Herculino Gomes Arantes, Idelfonso Batista Dias, João Mariano da Silva e Gilberto Hilário dos Santos, por duas vezes; sendo estes os primeiros a gerirem os destinos da então nova cidade que hoje se firma como “Pérola do Turvo” e com mas de cinquenta anos de emancipação, meio século de desenvolvimento.

Nos primeiros anos de vida da Freguesia de Poções eram comuns festas religiosas em que participavam pessoas da cidade e da roça, os fazendeiros, os sitiantes, os trabalhadores rurais. Em agosto, havia na antiga capelinha a festa de São Gregório que reunia toda a pequena população local, as festas de Nossa Senhora da Abadia e as festas de Bom Jesus da Lapa, com a presença dos circos de tourada e de espetáculos, alegria da gente daquele tempo.

Também as folias de reis era um espetáculo popular bastante apreciado pelas famílias com grande devoção e participação, terminando sempre com mesadas de comidas e catiras que adentravam noites afora, mal iluminada pela energia a motor que funcionava na esquina do cabaré. Festas famosas também eram feitas na fazenda de Herculino Gomes Arantes que era apreciador de bailes e encontros de amigos.

Os bravos políticos da época, inteligentes e astutos como eram, decidiram que lutariam democraticamente para que o povoado Poções fosse elevado à município e tivesse sua emancipação política. Lutaram, lutaram muito, e para alegria de todos, no dia 14 de Novembro de 1958, por força da Lei Estadual nº 2.112, o povoado foi então chamado pela primeira vez de município sendo batizado de TURVÂNIA, nome que foi dado em função do Rio Turvo.

Após a sanção da referida lei, foi nomeado o seu primeiro Prefeito Municipal, o Sr. Herculino Gomes Arantes, homem de grande estima e largas posses, filho daquela abençoada região.

As coisas foram acontecendo espontaneamente, e com isso o progresso chegava cada vez mais rapidamente. Vários benefícios foram adquiridos, todavia uma coisa ainda nos prendia ao município a que pertencíamos. Todos os atos da justiça pública ainda era tratado em Anicuns. Daí a decisão de trazermos para cá a nossa Comarca e isso foi possível através da Lei Estadual nº 7.250, publicada no D.O.E. nº 10.676 elevando Turvânia à Comarca, sendo instalado no dia 22 de março de 1970, sendo seu primeiro juiz o Dr. Aluízio Ataíde de Souza, o qual assumia por 10 (dez) anos o Poder Judiciário e na seqüência sendo transferido à capital do estado.

No rol dos batalhadores pela criação e desenvolvimento do município de Turvânia, destacamos: Gregório Vieira da Cunha, Herculino Gomes Arantes, João Mariano da Silva, Manoel Hilário dos Santos, Emiliano Pereira Nunes, Petrônio Francisco Cabral, Caleb de Melo, Paulo de Carvalho e outros. Graças a esses eméritos trabalhadores, Turvânia hoje se apresenta como uma das mais profícuas e progressistas comunas da chamada região do Mato Grosso Goiano.

Turvânia é atualmente administrada pelo Prefeito Sr.: Fausto Mariano Gonçalves e seu Vice Prefeito Sr.: João Dias de Sousa, e teve como seus antecessores os Senhores Prefeitos:

  • 01 – Herculino Gomes Arantes, nomeado (11 e 12 de 1958);
    02 – Galdino Luiz de Lima, (01.1959 a 01. 1960);
    03 – Herculino Gomes Arantes, (01. 1960 a 06. 1963);
    04 – Caleb de Melo, (25.06. 1963 a 31.01. 1966);
    05 – João Mariano da Silva, (01.02. 1966 a 31.01. 1970);
    06 – Gilberto Hilário dos Santos, (01.02. 1970 a 31.01. 1973);
    07 – Ildefonso Batista Dias, (31.01. 1973 a 31.01. 1977);
    08 – Gilberto Hilário dos Santos, (31.01. 1977 a 14.05. 1982);
    09 – Humberto Hilário dos Santos, (14.05. 1982 a 31.01. 1983);
    10 – Abdias Luiz da Silva, (01.02. 1983 a 31.12. 1988);
    11 – Hélio da Silva, (01.01. 1989 a 31.12. 1992);
    12 – Luiz Carlos Leal, (01.01. 1993 a 31.12. 1996);
    13 – Ivo José da Silva, (01.01.97 a 1931.12.2000);
    14 – Luiz Garcez da Silva (01.01.2001 à 31.12.2004);
    15 – Rubens Severino de Aguiar (01.01.2005 à 31.12.2008).
    16 – José Rodrigues Rosa (01.01.2029 à 31.12.2012).
    17 – Geraldo Vasconcelos Valadares (01.01.2012 à 31.12.2016)
 
 

E na história singular de Turvânia, a Princesinha de Goiás, descrevemos aqui o registro das gerações que passaram, para que às gerações que ainda hão de vir lembram-se que nossa história tem rastros luminosos de luta, coragem, determinação e fé.

TEXTO ORIGINAL: WANDERLAN MARIANO NASCIMENTO


Edição para publicação: Álefe Matias Neves e Silva

 

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